17.8.05

inocência

... e de repente fez-se um vento tão forte que ela não sabia onde colocar os pés. segurou-se nas mãos fortes e tímidas de um amor perfeito. conheceu, ali naquela ventania, o ritmo da vida e seguiu de braços dados com sua magia. trocaram versos calados enquanto a vida acontecia plena e intensa [lá fora]. calaram-se ocas para dar ao exato momento o silêncio bem vindo e se amaram tão fortemente que aquele dia já não cabia mais em suas datas. e foi quando juraram amor, amizade, sinceridade, paz, união e lágrimas. talvez hoje elas tenham amadurecido demais para a pequena idade ou talvez agora sejam meninas-mulheres felizes, cheias de horas, mimos e planos... mas nada há de endurecer algo que escorre entre os lábios, nada há de censurar um amor assim, suave e sublime... e a poesia que antes era presa na noite e sozinha hoje resvala-se colorida e verdadeiramente sagaz...