14.1.05

eu quero sempre mais...

sim, pois que venham os novos dias de fúria, as novas fases [faces], os novos gritos de choro e estupidez.

Que venha a satisfação em pleno rubor, a dramaturgia retificante e edificante.

Que, então, nasça a pureza de todos os verbos e neles haja o amor.

Que se faça aturar o insuportável, que se tenha paciência [comigo, viu?].

E que o corpo mude, que a dança o faça robusto, que o faça melodiar, que o faça rebolar, saltitar; que na dança eu encontre a paz e a meditação.

Que de todos os sons se faça música e que a música seja eterna, que seja um vício único, que seja pleno, que seja bom.

Que, sim, seja a vida repleta de contrastes, diferenças, com pessoas altas e baixas.

Que a utopia venha a ser mais um desejo frenético de se chegar lá, lá adiante.

Que o sorriso brote fácil e sacana e sincero.

Ah vai, que eu cante cada vez mais alto, que eu consiga cantar sem fechar os olhos, mas que eu sinta cada tom vibrando aqui dentro. [tum! tum! tum!]

Sim sim, pois que o trabalho me alcance o pescoço para que eu pare de reclamar da vida. [que droga de vida, heim!]

Que o sexo seja permanente, que seja seguro e que gere apenas gozos e gritos.

Que a fantasia se deixe realizar por si, plena.

Que a sorte me alcance longe, longe, que me siga ao redor de todos os meus caminhos.

E que Deus me ponha na fila da felicidade, que me ajude a ter forças para ficar de pé.

E um viva a própria, um brinde a mim [tim! tim!], um beijo no meu rosto, na minha boca, um abraço que me aperte o coração, feliz 27 anos.